Saturday, June 09, 2007

MONITORAMENTO DE CONTAS PELO BANCO CENTRAL


De: BovespaBrasil@ yahoogrupos. com.br [mailto:BovespaBras il@yahoogrupos. com.br]


Apelidado de Hal, o cérebro eletrônico mais poderoso de Brasília fiscalizará
as contas bancárias de todos os brasileiros.

Desde a manhã da segunda-feira (07/05), trabalha sem cessar no quinto
subsolo do Banco Central um supercomputador instalado especialmente para
reunir, atualizar e fiscalizar todas as contas bancárias das 182
instituições financeiras instaladas no País.

Seu nome oficial é Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional CCS
na sigla abreviada, já apelidado de HAL.

A primeira carga de informações que o computador recebeu durou quatro dias.

Ao final do processo, ele havia criado nada menos que 150 milhões de
diferentes pastas (uma para cada correntista do País), interligadas por
CPF's e CNPJ's aos nomes dos titulares e de seus procuradores.

A cada dia, Hal acrescentará a seus arquivos cerca de um milhão de novos
registros, em informações providas pelo sistema bancário.

A partir desta semana, quando o sistema se estabilizar, o CCS deverá
responder a cerca de 3 mil consultas diárias.

Toda conta que for aberta, fechada, movimentada ou abandonada, em qualquer
banco do País, estará armazenada ali, com origem, destino e nome do
proprietário.

São três servidores e cinco CPU's de diversas marcas trabalhando
simultaneamente, no que se costuma chamar de cluster.

Este conjunto é o novo coração de um grande sistema de processamento que
ocupa um andar inteiro do edifício-sede do Banco Central.

Seu poderio não vem da capacidade bruta de processamento, mas do software
que o equipa.

Desenvolvida pelo próprio BC, a inteligência artificial do Hal consumiu a
maior parte dos quase R$ 20 milhões destinados ao projeto - gastos
principalmente com a compra de equipamentos e o pagamento da mão-de-obra
especializada.

Só há dois sistemas parecidos no planeta. Um na Alemanha, outro na França.

Mas ambos são inferiores ao brasileiro. No alemão, por exemplo, a
defasagem entre a abertura de uma conta bancária e seu registro no
computador é de dois meses.

Aqui, o prazo é de dois dias. Não por acaso, para chegar perto do Hal, é
preciso passar por três portas blindadas, com código de acesso especial.

Visto em perspectiva, o sistema é o complemento tecnológico do Sistema
Brasileiro de Pagamentos (SBP), que, nos anos de Armínio Fraga à frente do
BC, uniformizou as relações entre os bancos, as pessoas, empresas e o
governo.

Com o Hal, o Banco Central ganha uma ferramenta tecnológica a altura de um
sistema financeiro altamente informatizado e moderno.

Recuperamos o tempo perdido", diz o diretor de Administração do BC, João
Antônio Fleury.

O supercomputador promete, também, ser uma ferramenta decisiva no combate a
fraudes, caixa dois e lavagem de dinheiro no Brasil. ' "Vamos abrir senha
para que os juízes possam acessar diretamente o computador", informa Fleury.


O banco de dados do Hal remete aos movimentos dos últimos cinco anos.

Antes de sua chegada, quando a Justiça solicitava uma quebra de sigilo
bancário, o Banco Central era obrigado a encaminhar ofício a 182 bancos,
solicitando informações sobre um CPF ou CNPJ. Multiplique- se isso por três
mil pedidos diários.

São 546 mil pedidos de informações à espera de meio milhão de respostas.

Em determinados casos, o pedido de quebra de sigilo chegava ao BC com um
mimo: "Cumpra-se em 24 horas, sob pena de prisão".

A partir da estréia do Hall, com um simples clique, COAF, Ministério
Público, Polícia Federal e qualquer juiz têm acesso a todas as contas que um
cidadão ou uma empresa mantêm no Brasil.

R$ 20 milhões foi o orçamento da criação do cadastro de clientes do sistema
financeiro. Sob controle 182 bancos 150 milhões de contas 1 milhão de dados
bancários por dia ...

AGORA, REDUÇÃO DE CARGA TRIBUTÁRIA... NEM SEU TRINETO VERÁ!

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