Thursday, May 25, 2006

FHC, pavonismo, e o último livro...


No seu mais recente livro, "A Arte da Política", publicado pela Editora Civilização Brasileira; FHC conta alguns detalhes do exercício do poder e os bastidores publicáveis do Planalto. Sem deixar de lado o pavonismo (a começar pelo título) que lhe é característico! De qualquer forma, lendo o livro me recuso a engrossar as fileiras dos que insistem em afirmar "Não li e não gostei!" (A frase evidentemente não é minha).
Recebi alguns comentários via e-mail (que poderiam ser colocados no Blog da próxima vez) de quem leu e criticou. Opiniões à parte, pergunto. A história (os fatos conhecidos) pode "segurar" os possíveis excessos e distorções de julgamento cometidos quando um autor escreve sobre "ele" mesmo?

Monday, May 22, 2006

BRICs, RICs, etc...

Tirando uma lasquinha na sabedoria do Prof. Delfim, a pergunta que fica é: A influência sobre o baixo crescimento do PIB brasileiro pode ser atribuída ao fato do Brasil seguir "as diretrizes do Consenso de Washington", uma vez que o governo persegue de forma mais "obsessiva" a cartilha dos "neoliberais" (in hanc diem) , em comparação com os outros países do "BRIC"??? Nesse caso, seria apropriado então a nova denominação ""RICs"" para os que cresceram mais? (Rússia, Índia e China?)

A MICROECONOMIA (Coluna do polêmico Prof. Delfim)


No ano passado, o Brasil cresceu menos do que um terço da média da Rússia, Índia e China
O World Economic Forum (WEF), com sede em Genebra, publica anualmente um documento chamado The Global Competitiveness Report. O de 2005/2006 compara as informações relativas a 117 países, recolhidas por instituições de credibilidade bem estabelecida (no Brasil, por exemplo, a Fundação Dom Cabral e o Movimento Brasil Competitivo). A boa qualidade das informações pode ser aferida porque, em cada país, os dados são de conhecimento corrente e os índices podem ser reproduzidos, usando a metodologia do WEF. O relatório constrói dois indicadores globais: um de caráter macroeconômico, o Growth Competitiveness Index (GCI), apoiado em três pilares: a qualidade do ambiente macroeconômico, a situação das instituições públicas e o nível de tecnologia disponível. Outro, de caráter mais microeconômico, o Business Competitiveness Index (BCI), que classifica cada economia pelo nível de sua produtividade aferida pela agregação de nove indicadores. A escolha dos indicadores e sua agregação sempre envolvem um certo grau de subjetividade e arbitrariedade que não pode ser esquecido. Desde 2001, a metodologia do GCI vem se aperfeiçoando, tendo por base o modelo construído pelos economistas de Harvard, Jeffrey D. Sachs e John W. McArthur. O crescimento do PIB brasileiro tem sido pífio nos últimos anos e nos distanciamos dos países que constituíam a esperança do século XXI, os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), como revelam seus crescimentos de 2005 e a estimativa para 2006. Em 2005, crescemos menos do que 30% da média dos nossos companheiros de “esperança” (
tabela Crescimento do PIB). A classificação dos 117 países é feita do 1º (o melhor classificado) ao 117º (o pior classificado). Por exemplo, o Brasil é classificado como 65º no GCI (o indicador macroeconômico), o que significa que, nos 117 países, existem 64 que apresentam melhores condições macroeconômicas do que nós. A posição dos BRICs no GCI de 2005 é mostrada na tabela Índice de Competitividade do Crescimento (GCI), comparada com 2004. A má notícia é que, em 2005, temos 55% dos países em melhor posição que a nossa, quando em 2004 eles eram 48%. O GCI é uma agregação de três índices: 1. O ambiente macroeconômico. 2. A qualidade das instituições públicas. 3. O nível de tecnologia. Para nossa vergonha, o próprio relatório sugere a causa principal da queda de nossa posição: “No Brasil, a confiança da comunidade econômica pode ter sido adversamente afetada pelo enfraquecimento da coalizão governamental na onda de escândalos e outros eventos que colocaram as instituições públicas sob uma luz desfavorável” (à pág. XVI). Damos a classificação dos BRICs na tabela Índice de Competitividade dos Negócios (BCI), mais de caráter microeconômico em 2005, com os seus nove componentes. O BCI é construído basicamente num questionário respondido por quase 11 mil líderes empresários em todos os países. Nossa posição no BCI é ligeiramente melhor do que no GCI. Um fato importante é que o BCI explica 80% das variações do PIB per capita dos países incluídos no estudo. Como afirma o professor Michael Porter (autor do estudo Construindo os Fundamentos Microeconômicos da Prosperidade, páginas 43 a 77 do relatório): “O nível de explicação do BCI é remarcavelmente alto dada a presença de tantas imperfeições de medida”. A conclusão, portanto, é que “uma vez mais os dados mostram a importância crucial da competitividade microeconômica para a prosperidade econômica”.
Carta Capital - Ed. 24 de Maio de 2006 - Ano XII - Número 394


Por falar em risco...(soprando a poeira da estante!)


Uma boa leitura sobre a questão do risco e sua evolução conceitual na história é oferecida no livro de Peter L. Bernstein - "Desafio aos Deuses" da editora Campus. Além do prefácio de Daniel Dantas, Luiz Orenstein e Persio Arida, da edição brasileira, esta obra permite ao leitor se familiarizar com as noções de risco e incerteza de um modo simples e linguagem "acessível”, através de fatos históricos curiosos relacionados a esse tema. Sem dúvida vale a pena! Então, enfie a mão no bolso e vá à livraria...
Aos amigos, meu exemplar está disponível! (Com o devido controle é claro!!!)
Bernstein, P.L; "Desafio aos Deuses - A Fascinante História do Risco". Ed.Campos. Rio de Janeiro, 1997.
(Título original: Against the Gods)

Sunday, May 21, 2006

O rebanho, efeito manada e preços agrícolas.
Teremos problemas com o aumento de preços dos alimentos no ano que vem? É o que parece, sobretudo diante dos atuais problemas ocasionados pelo câmbio no setor agrícola brasileiro. A redução das áreas cultivadas vão contribuir para que o preço desses produtos sofra aumento em certo grau. O que intriga é que boa parte desse aumento, provavelmente deverá ocorrer pela expectativa (por parte dos consumidores) de escassez da oferta no mercado de bens primários, e ainda puxada pelos commodities agrícolas. Esses consumidores detém boa parte da "culpa" pelas alterações do nível de preços, uma vez que a tentativa em conjunto de se proteger antecipadamente dos aumentos de preços, contribuem para que os próprios preços aumentem antecipadamente. Terrível não?! Evitável? Dificilmente, e a racionalidade acerca das expectativas requer que antecipemos ações esperadas e factíveis para a maioria. O jeito é perder menos, aumentando o rebanho de compradores que visam estocar esses bens. O velho e bom "efeito manada" está presente ou estará no futuro próximo, a não ser é claro que mudanças inesperadas ocorram durante o processo. Só tem um problema... em nenhum momento fica evidente quando isso começa a acontecer, ou mesmo se já aconteceu!! Tá difícil? Então pense nisso... É possível obter algum ganho comprando e estocando agora? Bem, se você está lendo isso, talvez o preço final dos produtos em questão já pode ter incorporado tais expectativas!!! Certeza só o tempo dirá, e o que torna a decisão nesse caso instigante é o fato de assumir esse risco. Bem vindo ao mundo do hedge, e lembre-se, faça o seu!!! (EVS)
"Quando dois economistas se encontram, eis a discórdia!" Ou ainda... "É bem provável encontrar pelo menos cinco opiniões distintas quando dois economistas discorrem sobre o mesmo tema."
Se você pensa assim, então é melhor rever seus conceitos. A ciência avança quando se testa a teoria...
O prof. Hirshleifer ensina:

"...é fácil sobreestimar a extensão na qual as opiniões dos economistas diferem. Controvérsia dá notícia, consenso, usualmente não. A grande maioria dos economistas concorda, por exemplo, que controles de preços geram escassez de oferta de produtos, que o comércio livre promove a divisão internacional do trabalho, e que um uso excessivo na impressão de dinheiro traz inflação. Mais importante, o desacordo é essencial se a ciência é algo que avança. Em astronomia, o modelo geocêntrico de Ptolomeu foi contraposto ao modelo heliocêntrico de Copérnico (...). Não é o acordo universal que caracteriza uma ciência, mas pelo contrário, o desejo de examinar a evidência. Tópicos importantes de economia estão sob contínua reavaliação à luz das evidências. Economistas podem continuar a discordar, talvez porque os problemas sejam mais complexos ou porque os pesquisadores não possuem conhecimento suficiente, mas sempre existirão itens não resolvidos em qualquer ciência viva".
(Jack Hirshleifer & David Hirshleifer. Price Theory and Applications)

Saturday, May 20, 2006

Antigas lições esquecidas...

Nos últimos dias acontece um importante debate sobre o envio de tropas da guarda nacional para a fronteira entre México e EUA. Particularmente, os representantes do México têm expressado sua preocupação sobre o fato de aproximadamente 6000 soldados ocuparem a fronteira entre os dois países. Em adição, se planeja a construção de um muro com 600 km de extensão, estradas para patrulhas e sensores de movimentação, ações igualmente criticadas pelos mexicanos. Além dessas medidas, alterações na lei americana deverá incorporar mudanças no tratamento dado aos imigrantes, legais e ilegais dentro do país.

O que há por traz dessa ação? Quais os prejuízos causados pelos imigrantes? A economia americana não precisa desta mão de obra?

O economista John Kenneth Galbraith, (que por sinal trabalhou para os democratas) no seu livro: “The Nature of Mass Poverty” de 1979(!), apontou àquela época as respostas das questões acima. A lição é antiga, a validade talvez não!!!

A importância da migração dos povos que não se sujeitam às condições habituais de pobreza, e que ao mesmo tempo não estão acomodados (termo utilizado pelo autor), em contrapartida ao que o Prof. Galbraith chama de rompimento do equilíbrio da pobreza deve ser considerado. Este “equilíbrio” por sua vez é determinado pelo fato da existência de uma tendência do país rico aumentar continuamente sua renda, e de outra forma, o país pobre manter-se “equilibrado” em sua pobreza. É possível tal argumentação, uma vez que se deve levar em consideração a racionalidade inerente ao ser humano, e este, quando se vê em uma situação onde a possibilidade de recompensa é remota, frente a uma atitude de combate a sua própria condição de privação, resolve de forma bastante lógica, pela lassidão! Não se pode culpar as pessoas por essa reação. Quando se está em situação muito precária, assumir o risco de mudar sua condição representa a possibilidade de completa perda, inclusive da própria vida, revelando a racionalidade por traz do “equilíbrio da pobreza”.
As condições e oportunidades por outro lado podem impelir determinado sujeito a galgar posição, renda e condições de vida melhores, evidentemente envolvendo a questão do risco, porém nesse caso com conseqüências menos dramáticas. A migração é sem dúvida uma oportunidade! Essa oportunidade pode melhorar tanto a situação do imigrante quanto do setor que o acolheu. Historicamente, as migrações ocorridas em diversos lugares e épocas contribuíram não só para a melhoria das condições de vida em termos de renda e talvez de bem estar dos que foram, mas também daqueles que ficaram e principalmente da região que se tornou a nova residência dessas pessoas. O que está por traz dessa lógica? O aumento da pressão demográfica gera problemas de ordem não só econômica, mas social em um amplo espectro. Aqui está implícita a célebre questão Malthusiana de crescimento populacional e suas conseqüências. Esse agravamento reforça a teoria de que a própria pobreza é capaz de destruir o resultado positivo produzido pela população local, segundo seus hábitos e costumes. De outra forma, imagine que repentinamente todos os imigrantes ilegais nos EUA resolvessem sair daquele país. O resultado seria certamente um colapso principalmente no setor de serviços, sendo aqueles que empregam mão de obra menos qualificada os mais afetados. “A migração, (...) é a atitude mais antiga contra a pobreza”.Seguindo as lições de Galbraith, mais do que resolver o problema da maioria que se decide por migrar, ocorre simultaneamente a seleção daqueles que mais precisam de auxílio. “É boa para o país que os recebe e ajuda a romper o equilíbrio da pobreza no país de onde saem. Qual a perversidade da alma humana que faz com que as pessoas (ou governos) resistam a um bem tão óbvio?” Um dos fatores apontados, particularmente quando se trata de “perversidade”, coisa que os economistas entendem bem, é a tentativa iniciada no início do século passado, de promover uma proteção dos empregos dos nativos. Esta proposição não me parece acertada, uma vez que a proporção de empregos não é fixa, e o argumento ignora que o próprio movimento de imigrantes gera crescimento pela força de trabalho alocado, em adição da ocorrência de crescentes lucros. Ou seja, as novas “ondas de força de trabalho” simplesmente não substituem as anteriores, respeitando o efeito residual que, por um lado, àqueles que tiveram acesso a melhor qualificação durante suas atividades e, portanto estão em situação de almejar melhores posições no mercado de trabalho, e por outro lado, àqueles que porventura regressaram para seu país de origem.

Inúmeros exemplos citados na referida obra remontam historicamente casos onde economias hoje consideradas desenvolvidas não o seriam sem os intensos movimentos migratórios.

Incrivelmente, o caso tratado com mais evidência por Galbraith é o da Suécia:

“No último século (então unida ainda à Noruega) era um dos países mais pobres da Europa. Perto de 90 por cento da sua população vivia na zona rural – em característico equilíbrio de pobreza. Depois de 1860, simultaneamente com o desenvolvimento da educação pública, mas também motivada na década de 60, por uma séria escassez de alimentos e pela fome, a acomodação foi sendo crescentemente rejeitada. Em meio século, de 1861 a 1910, mais de um milhão de suecos mudaram-se para os Estados Unidos. Essa migração e o simultâneo escape para a indústria local romperam o equilíbrio da pobreza na zona rural da Suécia. Como aconteceu com os escoceses e os irlandeses, os suecos que deixaram seu país resolveram seus próprios problemas e os dos que ficaram”.

As lições da história devem ser consideradas à luz do nosso tempo, e guardando as devidas proporções, não parece que o governo americano tenha percebido ou atentado para esses fatos. Pergunte aos “empreendedores americanos” qual o impacto futuro no mercado de trabalho e no nível de salários devido as ações atualmente propostas pelo governo Bush. Certamente aqueles que têm “visão”, fator primordial na definição entre aspas, ficariam de cabelo em pé!

Erich Vale.

Tuesday, May 16, 2006

O governador de SP... (e o caos em SP)

Monday, May 15, 2006

Espaço Acadêmico - Artigo; "Orientação para o Mercado dos Laboratórios Multinacionais Farmacêuticos: um Estudo Exploratório no Brasil."
RESUMO

Este é um estudo qualitativo e exploratório que aborda o grau de orientação para o mercado dos dez maiores laboratórios multinacionais farmacêuticos instalados no Brasil, no ano de 2003, na visão da força de vendas. Esse setor é caracterizado por alto investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, avanço tecnológico e grande concorrência, (Grupemef, 2004). Devido a essa concorrência acirrada, cabe às empresas buscarem a manutenção e ampliação de seus clientes. A orientação para o mercado é apontada por vários autores, como Day (2001), Rocha (1999) e Silveira (1998), como uma ferramenta eficaz na conquista e manutenção dos clientes. Verificou-se que o grupo dos dez maiores laboratórios farmacêuticos em vendas em 2003 possui uma alta orientação para o mercado, com ênfase em clientes e concorrentes. Entretanto, percebe-se uma menor orientação para o item mercado como segmento.
Referência do Autor:
SOUSA, Caissa Veloso; GOSLING, Marlusa Andrade, MOREIRA, Hycaro Bretas. Orientação para o mercado dos laboratórios multinacionais farmacêuticos: um estudo exploratório no Brasil. ASAMBLEA ANUAL CLADEA, 2005. Santiago de Chile. Chile.
Acesso em:
...e um bom site para pesquisas em artigos.

Saturday, May 13, 2006

e no final...



E no final de semana, o jeito é curtir uma de mineirinho!
Se chamar... "fui pra roça!!!"

Friday, May 12, 2006

Quem conhece o Prof. Riedel?



Este é o endereço de uma pessoa muito especial... http://www.telescopios.com.br/index.html>

Conheci o Prof. Bernardo Riedel durante um "pequeno curso" realizado em módulo na UFMG, intitulado "Astronomia de Posição e Instrumentação Astronômica". Após o término do curso, freqüentei seu "laboratório" no Horto, fazendo observações, discutindo temas relacionados à astronomia, assistindo suas aulas (com retroprojetor sim!!!) e fazendo visitas regulares ao Observatório da Serra da Piedade em Caeté. Conhecer melhor essa "figura" foi um privilégio! Agradeço a você professor, pelas valiosas indicações de leitura, e é claro, pelo excelente equipamento óptico.

(Foto: Prof. Riedel "dentro" da câmara de vácuo..."Em seu interior pode ser observada a coroa de eletrodos dos filamentos de tungstênio que irão evaporar o alumínio e o anel de alta tensão para o glow discharge. " - crédito B.Riedel.)
By Erich Vale
O BRASIL NÃO USA MARINES
O chanceler Celso Amorim rejeita retaliações e aposta no diálogo com a Bolívia.
Por Maurício Dias

Na segunda-feira 8, quando já era alvo dos adversários da política externa brasileira praticada pelo governo Lula, e às vésperas de se submeter a uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Congresso, onde a maioria dos senadores, se pudesse, tiraria o seu escalpo, o chanceler Celso Amorim aparentava serenidade. Não era a calma de quem desdenhava dos problemas. Parecia mais a tranqüilidade de quem, nesta segunda passagem pela chancelaria (a primeira foi entre 1993 e 1994, no governo Itamar Franco), já não se aturdia com os grandes atropelos na carreira.
Desta vez, o tremor político, sentido mais fortemente no Itamaraty, teve o epicentro na Bolívia e foi provocado pela decisão do presidente Evo Morales de nacionalizar a exploração do petróleo e do gás produzidos no país. Os ativos da Petrobras na Bolívia foram levados de roldão. No Brasil, houve quem se lembrasse com saudade dos soberanos que mandavam gravar na ponta dos canhões a frase: “A última razão dos reis”. Outros, suspiraram com saudade do porrete e, quiçá, da impetuosidade do presidente Bush, dos Estados Unidos. Mas o Brasil, na tradição mais liberal que marca os melhores momentos da política externa do País, ficou com a proposta de negociação, e não de retaliação, como diz o chanceler Celso Amorim em entrevista a CartaCapital. “Não mandaremos marines para desalojar os administradores nomeados pelo governo boliviano. Isso é o que se queria? O Brasil não age dessa maneira. Não era assim no passado e não será agora”, reafirma Amorim.
17 de Maio de 2006 - Ano XII - Número 393
Leia abaixo a íntegra da entrevista.

livros... (parte I) links e dicas...

"O poema de Machado de Assis e a atual conjuntura levaram Frei Beto a refletir a respeito da questão do poder. A partir desse pressuposto, ele escreveu o livro Mosca Azul. Frei Beto manteve um instigante diálogo com Milton Parron." (by Radio USP FM 93,7 MHz em tempo real.)


Veja a entrevista do "Frei Beto" sobre o livro "A Mosca Azul" na Rádio USP no link a seguir: <http://www.radio.usp.br/especial.php?id=10>

"Eva?!" Não..! Evo com penas e pelado...

Epa!!! Já na primeira "postagem" me deparo com essa situação inusitada na A.L.
O que justifica a "extrema prudência" na questão da nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia??? Bem... a abordagem do assunto requer mais que a consideração das questões de política internacional. Por um lado, essa política adotada até então em resposta as declarações feitas pelo Sr. Evo Morales, traz consigo as repercussões sobre a indústria nacional brasileira, uma vez que esta têm importantes setores dependentes do gás boliviano. Basta verificar o percentual de abastecimento no estado de São Paulo proveniente desta fonte. Desde então, parece que a prudência "FOI" a melhor alternativa até então. Mantemos uma comissão trabalhando na Bolívia para tentar resolver o problema no realinhamento de preços, apoio "incondicional" a soberania Boliviana (conforme declarado pelo Presidente LULA) e ainda disposição para rever os termos do contrato firmado bilateralmente. O problema é que há certo "descolamento" das afirmações feitas pelo presidente boliviano e as ações permitidas em "seu" país. Após as incursões verbais "malcriadas" feitas nesta quinta em Viena, os dirigentes brasileiros precisam repensar sua postura, evitando somente o desconforto proporcionado, apontando direções reais em relação a as declarações e possíveis reações. (não apenas diplomáticas-educadas). O que fazer então??? Mobilizar as Forças Armadas? Retaliar os bolivianos que vivem no Brasil, e aqui são também explorados? (principalmente no estado de São Paulo). Se por um lado a política externa adotada pelo Brasil têm suas razões de ser, conforme acima, Evo Morales também tem lá seus motivos. Por exemplo, qual o impacto sobre as eleições legislativas de junho em seu país? Então é sério ou não é? Evo pode até se vestir com "penas" ou mesmo andar "pelado" como ele próprio fez alusão na Conferência de Cúpula União Européia-América Latina-Caribe. O que se discute é qual o limite político aceitável para proceder os anseios políticos de um populista? As afirmações feitas as empresas ("contrabandistas!?!") parece estar muito além das boas práticas de vizinhança, sobretudo vindo de um "compadre" de recursos para campanha... (isso é outra história). Evidentemente cumprindo o que foi prometido em campanha, "Evo" está certo, mas o "tom" de seu discurso não têm nada a ver com as comunidades indígenas andinas, conforme nos relata os historiadores.